sábado, 2 de outubro de 2010

A lei "ficha limpa" e a educação no Brasil

Já tinha adiantado em outro post que o sistema eleitoral brasileiro é bizarro. Democracia sem educação é entregar o país aos interesses dos bancários, industriais, latifundiários e grandes capitalistas em geral (rouge mode on). Teremos no congresso, Tiririca e Aécio Neves. Isso não é bom, na minha opinião.
Não é sobre isso que eu quero falar. Esta semana foi discutido se a tal lei ficha limpa deveria valer para estas eleições ou só para as próximas. Por mim, não se aprovava nenhuma lei desta natureza antes de se investir pesadamente em educação.
Não há problema em pessoas condenados pelos mais diversos crimes se candidatarem. O problema é se estas pessoas conseguirem ser eleitos.
A lei ficha limpa considera que o povo é suficientemente burro para eleger candidatos de má índole. E realmente o é. Porém, não é culpa do povo, mas sim de uma falta total de investimentos em educação de qualidade, para a formação da cidadania crítica, necessária para o perfeito exercício da democracia. Duvido que se o povo fosse minimamente instruído, o sr. Aécio Neves seria eleito senador.
Proibir-se que certas pessoas se candidatem por ser condenados, é tapar o sol com a peneira. É muito mais fácil elaborar uma lei desta natureza do que revolucionar a educação. É como se dissessem "cansamos de vocês (povo) votarem em ladrões. Porém, ao invés de darmos condições para vocês pensarem melhor seu papel de cidadão, vamos simplesmente proibir estas pessoas de se condidatarem".
Só teremos democracia se conseguirmos liberdade. Liberdade só teremos com educação. Tapar o sol com a peneira não é o melhor caminho.

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