Vivemos um regime político interessante. Eu o chamo de "democracia sem educação". Do que adianta o direito do voto se as eleições só servem para referendar a vitória dos grupos dominantes? Somente com educação é que poderemos mudar o país de verdade.
Enquanto não mudamos, me pergunto qual o papel da esquerda no Brasil. Como me disse um cara do PSTU uma vez, "acho que o partido não deve participar de eleições burguesas!". Como chegar ao poder, então? Somente a revolução armada poderia colocar a extrema esquerda autoritária em qualquer cargo político. O PCB se diz "o partido do século XXI", eu completaria a frase com "usando a doutrina do século XIX".
Não sou da esquerda autoritária, porém gostaria sim de ver algumas medidas propostas por eles em ação. Em nossa democracia sem educação, para se chegar a algum cargo político, não se deve fazer propostas sérias, muito menos tão mal humoradas como as dos partidos vermelhos. Temos três opções: ou esperamos uns 200 anos até a educação no Brasil chegar a um bom nível, e as pessoas votarem com maior responsabilidade, ou fazemos a revolução armada (isso está out!), ou aprendemos a fazer campanha com o Tiririca, que imagino ser um dos deputados mais votados do Brasil este ano.
Reparem no que eu estou falando, compare a campanha de Tiririca com a do PCB:
Tiririca:
http://www.youtube.com/watch?v=pXuV_l0FiVQ
PCB:
http://www.youtube.com/watch#!v=amlsdLhX99I&feature=related
Considero tanto o voto em Tiririca quanto o voto no PCB como um protesto. Somente a partir do momento em que se aceitar partir de onde estamos para mudar o mundo, é que realmente conseguiremos justiça social.
ps:. vou cantar o hino da internacional para os meus filhos dormirem.
Há 8 anos
AS eleições no Brasil estão cada dia mais parecidas com os debates dos grupos políticos da UFMG, ou seja, piadas prontas.
ResponderExcluirLendo as críticas da Escola de Frankfurt à sociedade de massas, por mais out que seja, não dá para não concordar com algumas coisas. Dominar os meios de produção e a produção cultural é a vitória de poucos segmentos.
ResponderExcluirÉ difícil para um Plínio Arruda competir com qualquer outro candidato que tenha em seus planos políticos afinidades com industriais e banqueiros. Para se conseguir apoio popular, primeiro é preciso conciliar com os mais poderosos.
Tiririca neles!