segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Fim de jogo




Hoje é um dia triste para quem gosta de futebol. A precoce aposentadoria de Ronaldo põe fim à uma grande história de conquistas e superação.
Não tive a sorte de ver Pelé, Tostão, Dirceu Lopes, Natal, Rivelino, Zico. Os maiores jogadores que vi foram Ronaldo e Zidane. O primeiro parou hoje, o segundo já a algum tempo.
Me sinto órfão. Craques como esses que citei não deveriam se aposentar nunca, é um crime ver a camisa nove do cruzeiro, que já foi de Ronaldo e Tostão sendo vestida por um cara que erra gols dentro da pequena área.
Ronaldo jogou nos quatro maiores clubes do mundo. E jogou no Cruzeiro. É o maior artilheiro da história das copas do mundo. Chegou em três finais de copa seguidas, ganhou duas.
Infelizmente, os animais que povoam os estádios de todo o Brasil, e se acham mais torcedores que os outros, praticamente forçaram a sua aposentadoria. Deveriam ser presos, mas aqui a lei não funciona quando se trata de certos assuntos, e futebol é um deles.
Quem me conhece sabe o quanto eu gosto de futebol. Pode ser a série A3 paulista na rede vida ou a final da Champions League. E Ronaldo é um dos responsáveis por isso.
Meu pai é louco com futebol, mas por vários motivos ele não gosta de nenhum time. Assiste a todos os jogos, mas não torce pra ninguém (eu realmente não consigo entender bem como funciona a cabeça dele). Fato é que, até seis anos de idade eu não tinha time também (mas já gostava de bola).
A maior parte da minha família é atleticana. Tinha tudo para ser mais um, até que, em 1993 meu tio me deu uma camisa do cruzeiro. E não era qualquer camisa, era a nove, na época de Ronaldo. E assim, por causa do Ronaldo, virei torcedor do Cruzeiro.
Mesmo com seu corpo já debilitado para o esporte profissional, Ronaldo tinha lampejos de gênio no Corínthians. Impossível esquecer os seus gols contra o Santos, na final do Paulistão de 2009.
Infelizmente, o jogo acabou, e Ronaldo não conseguiu vencer de novo as suas limitações físicas. Mas deixou as lembranças de suas arrancadas e a lição de sua força de vontade de ressurgir para o esporte outras vezes.

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