terça-feira, 15 de setembro de 2009

O corredor está vazio...

Hoje completam sete anos que se foi nosso amigo Deivid, à época com apenas 15 anos. Sinto não ter tirado nenhuma foto com ele, pra poder mostrar para os meus filhos a imagem de um dos melhores amigos que tive... sofremos muito com a perda, me lembro da Fernanda Petrin e sua depressão mal-curada...
Quando aconteceu o acidente, vivíamos o auge da nossa amizade. Não sei o que ocorreria depois, as amizades tomam caminhos que nem sempre podemos prever. Um exemplo é minha amizade com o Bernardo, que se tornou mais próxima e verdadeira quando deixamos de nos ver todos os dias na escola. Outro é o meu amigo Rolyen, e sua turma (João, Peixe...) que tem mais de um ano que eu não o vejo. Éramos unha e carne durante um bom tempo...
Enfim, voltando à fotografia ausente, tenho uma imagem muito marcante em minha lembrança. Uma manhã, chegando atrasado para a aula, estava fora de sala, no corredor, o Deivid. Era um menino alto e magro... quando me viu, abriu os braços e correu até a mim, me dando um forte abraço... era sua última semana entre nós...
Depois disso, nunca consegui dissociar aquela imagem do corredor do CENTEC. Sempre, não importa quantos estavam ali, o corredor era vazio...
Ele falava sempre do Deivid, hoje do Fenerbahçe. "ele mete gol demais, fi... e o nome dele se escreve igual ao meu, com dê e é...", ou ainda "fez cinco gols no galo no mineirão..."
Uma das coisas que mais lamento é ele não ter tido a oportunidade de comemorar os gols do Deivid pelo Cruzeiro em 2003, e nem ter sido campeão brasileiro...
DEIVID JUNIO ALVES RESENDE 04/02/1987 - 15/09/2002

2 comentários:

  1. Também lembrei dele e mesmo sem tê-lo conhecido e sem ter falado com você durante o dia, eu tinha certeza de tudo isso que você estava sentindo.

    Nêga.

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  2. Fez encher meus olhos de lágrimas...aguçou minhas lembranças e meu coração apertado de saudade....

    "O corredor está fazio"
    e assim se manteve por aqueles tristes dias q seguiram...
    A ausencia era tão forte e presente que era como uma pessoa que se materializava ali..A Ausencia... rondando aqueles corredores que já nao tinham mais as grandes pernas e braços, o jeito estabanado e sempre sorridente que nos apertava e pegava no colo, fazia bagunça e espalhava sua graça energizante pelo ar....

    Ainda assim doces memórias.

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